top of page

Especial - Copa do Mundo

Os campeões das Copas

Em 2014, teremos a 20ª edição da Copa do Mundo, o torneio de futebol mais importante do Mundo. De quatro em quatro anos, ficamos com muita expectativa para curtir e ver as 32 seleções em campo. Na história dos Mundiais, apenas 8 tiveram o privilégio de conquistar o título. E como vocês sabem, o Brasil é o maior campeão.

 

E no nosso primeiro texto, vamos contar um pouco sobre as oito seleções campeãs do mundo: Uruguai, Itália, Alemanha, Inglaterra, Argentina, França, Espanha e Brasil, claro. Esperamos que curtam, ótima leitura a todos!

O dois títulos do Uruguai fazem muito tempo. Em 1930, na primeira edição da Copa do Mundo, os uruguaios foram campeões em casa, com 100% de aproveitamento: 4 vitórias em 4 partidas. A última delas contra a Argentina, no Estádio Centenário: 4x2, gols de Pablo Dorado, Pedro Cea, Santos Iriarte e Héctor Castro.

 

O segundo título nunca será esquecido. Tanto para eles, quanto para nós brasileiros. Em 1950, o Uruguai calou o Maracanã após vencer por 2x1. O Brasil, grande favorito, podia empatar que conquistava o título (o campeão foi conhecido após um quadrangular final). Para melhorar, Friaça abriu o placar, ainda na primeira etapa. Só que a celeste virou no segundo tempo: com gols de Schiaffino e Ghiggia, levantaram o seu último caneco, para decepção dos quase 200 mil torcedores presentes ao Maraca.

URUGUAI | 1930 - 1950

ITÁLIA | 1934 - 1938 - 1982 - 2006

A Itália é a única que pode empatar com o Brasil em número de títulos. Os italianos nunca conquistaram a Copa em outro continente que não fosse o europeu. O primeiro título foi em 1934, dentro de casa, após vencer a Tchecoslováquia por 2x1, na prorrogação. Quatro anos depois, na França, o título veio após vitória sobre a Hungria por 4x2.

 

Em 1982, a Itália se classificou em segundo do grupo e sem vencer uma partida: três empates em três jogos. Na segunda fase, vitórias sobre Argentina e Brasil. Aliás, a partida contra o Brasil é uma das mais incríveis dos Mundiais: 3x2, com show de Paolo Rossi, autor dos três gols. Na decisão, vitória incontestável sobre a Alemanha por 3x1, gols de Rossi, Tardelli e Altobelli. 

 

O quarto e último título foi em 2006, na Alemanha. Com uma defesa quase perfeita (só sofreu dois gols em toda a campanha), os italianos passaram sem sustos pela fase de grupos, após jogos contra Gana (2x0), Estados Unidos (1x1) e República Tcheca (2x0). Nas oitavas, vitória sobre Austrália por 1x0, com gol de pênalti aos 50 minutos do 2º tempo. Nas quartas, vitória tranquila sobre a Ucrânia por 3x0. Na semi, jogo duríssimo e triunfo sobre a Alemanha por 2x0, com dois gols no fim da prorrogação. 

A grande final foi contra a França. Zidane, de pênalti, abriu o placar para os franceses, mas o zagueiro Materazzi empatou logo depois. Nos pênaltis, 5x3 para os italianos e o tetra!

ALEMANHA | 1954 - 1974 - 1990

São 24 de jejum. A Alemanha, tricampeã, não vê a hora de buscar o tetra. Os três títulos são da época da antiga Alemanha Ocidental. Em 1954, o titulo veio em cima da Hungria, após uma vitória incrível por 3x2, de virada, com direito a gol de Helmut Hahn aos 40 minutos do segundo tempo. Hungria com um timaço, liderado por Puskás e que tinha feito 8x3 na própria Alemanha na fase de grupos.

 

O título de 1974 o veio em casa. Na fase de grupos, chegou a perder para a Alemanha Oriental por 1x0. Após passar por Iugoslávia, Suécia e Polônia na segunda fase, enfrentou o timaço da Holanda de Johan Cruijff na grande final. Os holandeses saíram na frente com Neeskens, logo aos 2 minutos. Ainda na primeira etapa, Paul Breitner e Gerd Müller viraram o jogo, para festa dos 75 mil torcedores presentes em Munique.

INGLATERRA| 1966

Em 1966, a Inglaterra foi campeã dentro de casa. Na fase de grupos, terminou na liderança e sem sofrer um gol sequer, enfrentando Uruguai (0x0), México (2x0) e França (2x0).

 

Nas quartas, vitória sobre a Argentina por 1x0, gol de Geoff Hurst, na parte final da partida. Na semifinal, o adversário foi Portugal, do craque Eusébio. Bobby Charlton marcou os dois gols do time inglês, enquanto Eusébio tratou de vazar a defesa do English Team pela primeira vez. Na grande final, vitória sobre a Alemanha por 4x2. No tempo normal, empate em 2x2. Já na prorrogação, Geoff Hurst marcou duas vezes e deu o primeiro e único título aos ingleses. Quase 100 mil pessoas viram o jogão no Wembley Stadium.

ARGENTINA | 1978 - 1986

Outra seleção campeã dentro de casa foi a Argentina. Em 1978, a equipe se classificou em segundo do grupo 1, com 2 vitórias (2x1 sobre Hungria e França) e 1 derrota (1x0 Itália). Na segunda fase, os hermanos enfrentaram Polônia, Brasil e Peru. Na última partida, os argentinos precisavam vencer os peruanos por 4 gols de diferença. Numa das partidas mais polêmicas da história das Copas, goleou por 6x0, se classificando para a grande final, onde enfrentou a Holanda e venceu por 3x1, com dois gols de Mario Kempes e um de Daniel Bertoni.

 

Em 1986, Diego Maradona liderou a Argentina. Com atuações monstruosas e gols inesquecíveis, o camisa 10 foi o grande nome do título invicto. Na fase de grupos, vitórias sobre Coreia do Sul (3x1) e Bulgária (2x0) e empate em 1x1 com a Itália. Nas oitavas, vitória apertada por 1x0 sobre o Uruguai.

 

Contra a Inglaterra, nas quartas, uma atuação perfeita de Maradona, que num espaço de quatro minutos, marcou dois gols que serão lembrados para sempre: aquele com a mão (La Mano de Dios) e outro driblando seis adversários, no que foi escolhido o gol mais bonito da história das Copas. Nas semifinais, mais uma atuação decisiva de Maradona, que marcou os dois gols da vitória sobre a Bélgica por 2x0. A grande final foi contra a Alemanha, numa partida emocionante. Após abrir 2x0, os argentinos permitiram o empate, com dois gols em seis minutos. Mas aos 38 da etapa final, Jorge Burruchaga marcou o gol do segundo e último título dos argentinos.

FRANÇA | 1998

A França foi a última seleção campeã em casa. Uma campanha praticamente perfeita, com 7 vitórias em 8 jogos. Na fase de grupos, 100% de aproveitamento, com vitórias sobre África do Sul (3x0), Arábia Saudita (4x0) e Dinamarca (2x1).

 

 A expectativa era de uma vitória tranquila sobre Paraguai. Só que não foi bem assim. O gol da classificação só saiu aos 114 minutos de jogo, com Laurent Blanc. A defesa paraguaia, liderada por Gamarra, quase parou o ótimo time francês. Nas quartas, contra a Itália, mais um jogo complicado, com direito a prorrogação. Após 120 minutos e nada de gol, a vaga foi decidida nos pênaltis. Zidane, Trezeguet, Henry e Blanc acertaram e a França passou vencendo por 4x3.

 

Desgastada, porém empolgada, a França enfrentou a surpreendente Croácia na semifinal. Davor Suker, artilheiro daquela edição, abriu o placar logo no primeiro minuto da etapa final. Mas Thuram marcou duas vezes, classificando os franceses para a sua primeira final de Copa do Mundo. A decisão foi contra o Brasil, no Stade de France. Com propriedade e show de Zidane, venceu por 3x0, com dois gols do camisa 10 e um de Petit, no último lance da partida. 

ESPANHA | 2010

A atual campeã é a Espanha, que em 2010, começou perdendo (é a única seleção campeã a estrear com derrota), mas se recuperou e com um futebol pragmático, se tornou a oitava seleção campeã mundial. Das 6 vitórias, 5 foram por 1 gol de diferença. 

 

Na estreia, contra a Suíça, foram 24 chutes a gol, mas em vão. A Suíça, muito forte na defesa, aproveitou um único contra-ataque e chegou ao gol com Gelson Fernandes. Sob desconfiança de muitos, venceu Honduras na segunda rodada mesmo sem jogar um bom futebol: 2x0, com dois gols de David Villa. A classificação veio após vitória sobre o Chile: 2x1, gols de Villa e Iniesta. Mais uma vez o futebol não foi dos melhores. 

 

A partir das fases finais, a Espanha apresentou um futebol mais convincente, mesmo que as vitórias não fossem por goleada. Nas oitavas, vitória sobre Portugal por 1x0, gol de Villa, sempre ele. Nas quartas, Villa marcou o único gol na vitória sobre o Paraguai. Na semifinal, Puyol foi o herói espanhol ao marcar o único gol do jogo, em cima da Alemanha. Na grande final, a adversária era a Holanda, que apresentava um futebol mais ofensivo. Muitas chances perdidas, faltas e mais faltas e nada de gol nos primeiros 90 minutos. A decisão foi para a prorrogação, até que aos 11 minutos do segundo tempo, Iniesta recebeu em condições para marcar o gol do título da Fúria. A Holanda mais uma vez batia na trave. 

BRASIL | 1958 - 1962 - 1970 - 1994 - 2002

Terminamos com o Brasil, o maior campeão das Copas do Mundo. O primeiro título foi em 1958, oito anos após o trauma da final de 50. Com show de Pelé, goleada sobre a Suécia, os donos da casa, por 5x2. Na fase de grupos, 2 vitórias, 1 empate e nenhum gol marcado. No mata-mata, após passar por País de Gales e França, derrotou os suecos na grande final, com dois gols de Pelé, dois de Vavá e um de Zagallo.

 

Na Copa seguinte, em 1962 (Chile), o Brasil também passou em primeiro na fase de grupos. Nas quartas, vitória sobre a Inglaterra por 3x1. Na semifinal, 4x2 sobre o Chile e na grande final, vitória de virada sobre Tchecoslováquia por 3x1, gols de Amarildo, Zito e Vavá. 

 

Em 1970, no México, a vitória do futebol-arte. Com um time mágico, o Brasil venceu todos os adversários e na grande final, passeou em cima da Itália. Na fase de grupos, triunfos sobre Tchecoslováquia, Inglaterra e Romênia. Nas quartas, vitória sobre o Peru por 4x2. O Uruguai foi o adversário da semifinal, mas não resistiu: 3x1 para os brasileiros. A final contra a Itália também valia a hegemonia (na época, Brasil e Itália tinham dois títulos mundiais). Pelé abriu o placar, enquanto Boninsegna empatou para os italianos. Num segundo tempo praticamente perfeito, o time de Zagallo fez três gols (Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto) e conquistou o tri. Destaque para Jairzinho, que marcou gol em todas as partidas. Furacão!

 

Em 1994, o título veio novamente sobre a Itália e de forma dramática, nos pênaltis. Na fase de grupos, estreia tranquila sobre a Rússia: 2x0. Após vencer Camarões (3x0) e empatar com a Suécia (1x1), o Brasil ficou em primeiro no grupo B. A partir das oitavas, só jogo emocionante. Contra os EUA, vitória por 1x0, gol de Bebeto. Nas quartas, após abrir 2x0 sobre a Holanda e permitir o empate, Branco salvou os brasileiros em uma linda cobrança de falta, aos 36 minutos do segundo tempo. A Suécia apareceu na semifinal e complicou a vida dos brasileiros. O gol da vitória só saiu a 10 minutos do fim, com Romário, sempre ele. Na decisão, a Itália, que eliminara a Bulgária na semifinal. Após 120 minutos de muito futebol (e calor), o título só veio na disputa de pênaltis. Márcio Santos desperdiçou, mas o Brasil acertou três cobranças, contra duas da Itália. Na última batida, Baggio isolou, dando o quarto título para os brasileiros.

 

Com Felipão no comando, o Brasil conquistou o penta em 2002. Assim como em 1970, a campanha foi perfeita, com 7 vitórias em 7 jogos. Na fase de grupos, vitórias sobre Turquia (2x1), China (4x0) e Costa Rica (5x2). Nas oitavas, vitória difícil sobre a Bélgica por 2x0, com show de Rivaldo. Contra a Inglaterra, nas quartas, vitória de virada, por 2x1, com gols de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, que de falta, fez um dos gols mais bonitos das Copas.

 

A surpreendente Turquia estava novamente no caminho dos brasileiros, dessa vez na semifinal. O gol da vitória saiu com Ronaldo, de bico, aos 4 minutos do segundo tempo. Ronaldo que brilharia também na decisão, contra a Alemanha de Oliver Kahn. Com dois gols no segundo tempo, o artilheiro daquele edição decidiu e mostrou ao mundo que estava recuperado das lesões no joelho. Título fenomenal!

bottom of page